A letra de música é poesia, este Blog as divulga na tentativa de chamar a atenção para a beleza que a melodia pode esconder. Juntam-se contos e poesias de diversos autores, afinal tudo é literatura. “Cultura é regra. Arte é exceção” Jean-Luc Godard, cineasta francês.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Letra de El Desierto - Lhasa de Sela
Eu vim ao deserto para rir-me do teu amor
Que o deserto é mais sensível e o espinho beija
melhor
Eu vim a este meio do nada para gritar
Que tu nunca mereceste o que tanto quis te dar
Eu vim correndo, esquecendo-me de ti
Dá-me um beijo passarinho, não te assustes colibri
Eu vim acesa ao deserto para queimar
Porque a alma incendeia-se quando deixa de amar
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Lhasa de Sela - El desierto (tradução)
terça-feira, 15 de outubro de 2019
Turismo - novos vídeos
O Caminho Gaúcho de
Santiago oferece uma paisagem belíssima dentro da Região Metropolitana de Porto
Alegre, mais precisamente em Santo Antônio da Patrulha – RS. - https://www.youtube.com/watch?v=_1tOyG1tFnQ
Viagem de catamarã de Porto
Alegre a Guaíba, cidade berço da revolução farroupilha.
sábado, 24 de agosto de 2019
A lista
Uma das mais belas músicas de Oswaldo
Montenegro – A lista – merece divulgação. Para quem não conhece, observe a
letra.
Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos
atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais
Faça uma lista dos sonhos que
tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de
agora?
Hoje é do jeito que achou que
seria
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você
sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você
guardava
Hoje são bobos ninguém quer
saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o
tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?
quinta-feira, 22 de agosto de 2019
Expoclassic 2019
Estivemos na Expoclassic 2019, exposição de carros antigos em Novo
Hamburgo-RS.
Já tinha ouvido falar do evento, mas
ir até lá me deixou impressionado. É quase uma aula de história do automóvel.
Registramos o evento nos vídeos
abaixo:
quarta-feira, 31 de julho de 2019
Livro Publicado
Amigos, conheçam o livro de contos “A raiz e a copa”
Livro de contos curtos, é um painel de anseios e contradições, o buraco-negro da alma, o verdadeiro mapa do imaginário; um salto no escuro onde palavras, vírgulas e pontos conduzem os olhos através das páginas e esse caminho provoca o despertar, em cada um, do mundo das interpretações. Se por ordem das convenções e das normas o interpretar encontra-se recluso, no momento em que o livro é aberto surge a interpretação, o leitor a liberta. Para cada um que lê, as versões se multiplicam e isso é literatura.https://www.amazon.com.br/Jaime-Ant%C3%B4nio-Rubert-Miravet-Calatrava-ebook/dp/B07V6SQMV6/ref=sr_1_fkmr0_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=jaime+antonio+robert+miravet+de+calatrava&qid=1564609258&s=digital-text&sr=1-1-fkmr0
domingo, 22 de abril de 2018
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
A porta da alegria - Oswaldo Montenegro
Em meio a tantas músicas e suas letras de gosto duvidoso que
assolam nosso País, achei extremamente boa esta do Oswaldo Montenegro. Letra e
música excelentes.
Cada vez que eu subo ao palco pra cantar
Eu me lembro de você
Será que ainda quero falar?
Ainda há coisas pra contar ou pra dizer?
O vento corta a pele
Mas o coração por dentro resistiu
O sol lá fora é novo, mas você não viu
Cada vez que alguém me olha com atenção
Dá vontade de gritar
Que o tempo tá na contramão
E é preciso de algum jeito se apressar
A vida exige sonhos
E o amor é só um jeito de sonhar
E não há mais segredo se a gente falar
Mas eu sei que fiz as coisas do meu jeito
Não há o que consertar
Cada um tem sua historia
Só quem viveu, é que pode contar
E o passado é diferente na memoria
E o certo é o que virá
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Hoje eu sei só quem tirou a fantasia
Aproveita o carnaval
Apaga o que havia
E comemora o que há de novo no quintal
O amor troca de rosto
Mas mudar não quer dizer que é o final
Se lembra: Toda a nostalgia pode ser fatal
E descansa que a vida dá um jeito
O que for para ajeitar
E o que não foi possível
É possível que ainda esteja lá
De repente, em qualquer rua sem aviso
A gente vai se achar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
E hoje eu sei que fiz as cosias do meu jeito
Não há o que consertar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
Abre a porta da alegria e deixa entrar
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Zé do Caroço
Uma bela música, letra impactante. Particularmente prefiro a interpretação da Mariana Aydar. É de escutar e prestar atenção.
É que o Zé bota a boca no mundo ele faz um discurso
Zé do Caroço - parcial
Um serviço de alto falante no
morro do pau da bandeira
Quem avisa é o Zé do caroço que amanhã vai fazer alvoroço
Quem avisa é o Zé do caroço que amanhã vai fazer alvoroço
alertando a favela inteira
Ah! como eu queria que fosse mangueira
Ah! como eu queria que fosse mangueira
Que existisse outro Zé do caroço
Pra falar de uma vez para esse moço
Carnaval não é esse colosso,
Nossa escola é raiz é madeira,
Mas é morro do pau da bandeira
De uma Vila Isabel verdadeira,
E o Zé do caroço trabalha
E o Zé do caroço batalha e que malha é o preço da feira
E na hora que a televisão brasileira
E na hora que a televisão brasileira
Destrói toda gente com sua novela
É que o Zé bota a boca no mundo ele faz um discurso
profundo ele quer ver o bem
da favela
domingo, 19 de abril de 2015
A ameaça
Sob o viaduto, a moradora de rua lê. Reconheço a capa do livro. O fato causou espanto, não esperava
tal cena.
Num recorte do panorama literário, constato: O escritor não
sobrevive da escrita porque seu leitor é um despossuído. Ampliando a realidade,
não é bem assim. Algum escritor vive da escrita, existem leitores, poucos. Reposta
a verdade, a situação ainda é catastrófica.
Em ambiente ficcional, uma cidade qualquer, fiscais
interpelam o pintor e o ameaçam: não pode vender quadros na rua. Não o ajudam a
desenvolver ou negociar sua arte e ainda querem confisca-la, levá-la para algum
depósito. Eles têm razão, regras são regras. E são essas que garantem o
pagamento de impostos, protegendo a obesidade
governamental. O artista que se vire.
Mas, por que não acordar? Parar de
esperar, esquecer, não desejar ser abraçado pelo sistema governamental. Recusar
editais, espaços oficiais, negar-se aos formulários, às descrições supérfluas
acerca de sua arte. Necessário mostrar-se convicto da sua condição de artista.
Espelhar-se no artista de rua que pinta muros
porque é compelido, sem remuneração. Ele cria seus espaços. Ignora as
proibições e inventa como respirar.
Particularmente prefiro a INTERNET.
Ali ainda se pode colocar arte. Não tem fiscais tentando confiscar a
criatividade.
Por outro lado, nada mais revolucionário que o artista
esquecer as oportunidades governamentais, dizer e fazer o que bem entende,
gratuitamente. Assim seremos fortes, respeitados. O não querer será nossa
liberdade. E a liberdade é ameaçadora.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Feliz ano novo
Quando 2014 começou era só expectativa.
Mas, em muitos lares, um vento chamado “Rotina” fez voar o
calendário, arrancou suas folhas e embaralhou seus dias...
Aquele vento... Nós pouco vimos os dias com que o tempo nos
presenteou. Um ano que passa rápido deixa perdidos fragmentos de beleza.
Será que ainda lembramos de:
Quantos “obrigados” dissemos ou recebemos?
Quantos “posso ajudar?”
Quantos abraços temos dado?
Se o amanhecer nos inspira, é poesia que vemos ali. Quantos
amanheceres assistimos?
Desejo a vocês um ano novo repleto de gestos e momentos para
compartilhar com os seus. E assim, neste compartilhar, a beleza e a poesia não
serão perdidas.
Saúde e Paz para 2015!
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
Eu fiz pior
Eu fiz pior - Lula Côrtes
Eu andava
insatisfeito
Sem resolver direito
Sem dar um rumo à minha vida
Sozinho, desconfiado
Com o povo acostumado
Com aquela mesma coisa antiga
Sem resolver direito
Sem dar um rumo à minha vida
Sozinho, desconfiado
Com o povo acostumado
Com aquela mesma coisa antiga
Assim posto de lado
Com o destino traçado
De nunca ser reconhecido
Enquanto eu me calava
O povo se danava
No zum do fim de um coletivo
Com o destino traçado
De nunca ser reconhecido
Enquanto eu me calava
O povo se danava
No zum do fim de um coletivo
Eu fiz pior!
Gravei outro cd sem levar nem um tiro
Muito pior!
Parei de tomar droga e fui fazer retiro
Gravei outro cd sem levar nem um tiro
Muito pior!
Parei de tomar droga e fui fazer retiro
Meus parceiros, entre aspas
Meus cúmplices de nada
Cem críticos de arte que nem tinham emprego
Chegavam nos jornais
Com papo de manchete
Achando que uma enquete me faria medo
Meus cúmplices de nada
Cem críticos de arte que nem tinham emprego
Chegavam nos jornais
Com papo de manchete
Achando que uma enquete me faria medo
Eu fiz pior!
Mandei pra redação minha fotografia
Muito pior!
Respondi com poema de pornografia.
Mandei pra redação minha fotografia
Muito pior!
Respondi com poema de pornografia.
Má Companhia...
Um policial armado
Achando que tem pique
Outro de paletó, achando que era chic
Os dois tão deslocados,
Olhando pro meu lado
Achando que festa de rock é pic nic
Achando que tem pique
Outro de paletó, achando que era chic
Os dois tão deslocados,
Olhando pro meu lado
Achando que festa de rock é pic nic
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
Sujei de sangue minha melhor camisa
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
Sujei de sangue minha melhor camisa
Sozinho, ressabiado
Só tendo do meu lado
A turma efervecente dessa banda amiga
E um homem de negócio
Fingindo ser meu sócio
Soltando a cachorrada
Atrás da minha tripa
Só tendo do meu lado
A turma efervecente dessa banda amiga
E um homem de negócio
Fingindo ser meu sócio
Soltando a cachorrada
Atrás da minha tripa
Eu fiz pior!
Saltei como no circo em cada armadilha
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Saltei como no circo em cada armadilha
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Eu fiz pior!
sábado, 7 de junho de 2014
Boa música II
Dando
continuidade ao artigo anterior sobre boa música, foco hoje no Blues, gênero de minha preferência. Os
bons e criativos músicos do Blues criam há décadas pérolas as quais gostaria de
repartir.
Repito aqui
minha sentença: o que diferencia homens de meninos são as músicas que
escutam. O Blues é um dos gêneros onde procuro riqueza, ou, se quiserem, o
antídoto para a mesmice. A busca? Novamente recorri às rádios, internet
e nomes que me foram repassados por outros insatisfeitos. Pelo farto material que se encontra sobre o
Blues, esta é uma pequena lista do muito que existe.
Justin Cross
- Drink the Water
Gary Clark Jr
- Bright Lights
Hank Davison
Band Live - RoadHouse Blues
Kenny Neal –
Blues Falling Down Like Rain
Melvin
Taylor- Blue jeans blues
Ry Cooder -
Paris, Texas
Cyndi Lauper
- Mother Earth
Roy Buchanan - Green Onions
Ruth Brown -
Looking Back
Ry Cooder – Busride
Eventuais discordâncias, atribuamos à pluralidade.
quarta-feira, 23 de abril de 2014
Boa música
E agora, o
que fazer com aquele rádio que a gente até tem vontade de ligar mas cansa de
procurar por boa música? Não mais que três pontos na escala do rádio, três
estações, ali tenho que encontrar algo para ouvir. O resto, por experiência,
não dá coragem.
Sempre existiram letras de música ruins, fracas. Está
piorando. Em muitos casos fica o sentimento de que o cantor (a figura do
vocalista) é imprescindível, mas a letra não. Na situação atual, mesmo que me
esforçasse muito, seria difícil estabelecer o ranking das piores, por óbvios
motivos.
A vida está
sofrendo um processo de empobrecimento.
Minha
sentença: o que diferencia homens de meninos são as músicas que escutam.
Para não sofrer com o que nos é ofertado, há de se garimpar,
escutar as escassas rádios com programação de qualidade, buscar na web, e
principalmente partilhar as “descobertas”.
Minha contribuição: sugiro pesquisar no Youtube os artistas e
as músicas abaixo, vai que o seu gosto está próximo do meu. Não se espere,
porém, que esteja tudo ao agrado dos apreciadores da boa música. E nem é o
ideal, visto que a pluralidade só é atingida com variados gostos.
A excelente MPB:
Mariana Aydar - Zé do Caroço;
Maria Gadú - A História de Lily Braun.
A exótica Música Turca:
Cafe Anatolia - Gülümcan;
Boas Latinas:
Gustavo Santaolalla – Pajaros;
Malena Muyala - Pena Mulata.
Outras:
Jace Everett - Bad Things;
Lana Del Rey – Ride;
Selah Sue – Raggamuffin;
Justin Cross - Drink the Water;
Nina Simone- I Put Spell On
You;
Herbie Hancock - Cantaloupe
Island.
sábado, 8 de setembro de 2012
Monocultura e diversidade
Monocultura: plantação extensiva de um só produto agrícola. Sinônimo de
grande extensão de terra, muita mecanização e pouca gente trabalhando,
destruição de mata nativa, erosão, assoreamento... Perigo para a vida.
Desmatamento e comercialização da madeira: mão-de-obra mal remunerada,
destruição de mata nativa, erosão, assoreamento... Perigo para a vida.
Aí entrou a ecologia, desenvolvida a partir de idéias de preservação, de
consciência da importância da biodiversidade, de amor à natureza.
E o que é a nova monocultura?
O modo de vida de uma comunidade, seus costumes, sua cultura; tudo
ameaçado pela programação que entra nos lares e que diz (de forma sutil ou nem
tanto) como se deve viver.
A nova monocultura é sinônimo de grande produção e consumo de uma pequena
quantidade de itens: existe um tipo de vida a ser copiado, existe a música do
momento, existe a exploração do corpo e... da lágrima. Se algum repórter lhe
perguntar o que você acha, digamos... do nome da sua rua, dê-lhe qualquer
resposta, pode ser cômica, desaforada, cínica... mas responda com lágrimas nos
olhos. Ele irá repetir a pergunta para dezenas de pessoas, mas a sua imagem é a
que será explorada.
A nova monocultura, com a sua grande produção, entope as vias por onde
deveriam fluir as diversas manifestações populares e intelectuais, sufoca e
destrói a diversidade. Ela usa o que é comum (as concessões do Estado) como se
fosse seu, particularizando os lucros mas socializando os danos ao patrimônio
cultural.
Precisamos lutar pela manutenção da diversidade de opiniões, pelo direito
dos gêneros musicais, literários, cênicos, etc. de continuarem a existir. A
diversidade é imprescindível à vida.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
O tocador de sax.
sábado, 28 de julho de 2012
As Poesias
Onde
estão os poetas, onde está a poesia? Em quantos cadernos se escondem os
pensamentos íntimos de anônimos? Existe poesia nas gavetas. Existe poesia latente
nos pensamentos incapazes de se fazerem letra. Mas também se leva literatura
para a internet e, sabemos, para livros publicados de forma independente ou não.
Versos estão por ai. Novos e veteranos acreditam, fazem e insistem.
Também se encontra poesia em letras
de música. Excluídos os sucessos da estação tem muita coisa boa fora da grande
audiência. É um dos espaços da poesia, ali ela é essencial. E por essencial,
merece aparecer também na forma impressa. Chamo a atenção daquilo que gosto (do
pouco que conheço).
Aqui, trecho de “A Balada do Perdedor”, de Marcelo Nova:
“A noite parece tão promissora, luzes por todo lugar
Decotes, sorrisos, sussurros: cheiro de conquista no ar
E eu aqui sozinho tentando fazer esse isqueiro funcionar
Parando em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar
Decotes, sorrisos, sussurros: cheiro de conquista no ar
E eu aqui sozinho tentando fazer esse isqueiro funcionar
Parando em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar
Os astros cheiram o pó das estrelas e as trombetas estão
soando
É no céu que se morre de tédio, os anjos estavam blefando
Eu conheci a mais bela vingança, vestida de noiva no altar
Parado em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar”
É no céu que se morre de tédio, os anjos estavam blefando
Eu conheci a mais bela vingança, vestida de noiva no altar
Parado em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar”
Nem tudo é tão claro. Natural: é poesia, aberta à interpretação.
Lula Côrtes em “O clone” (parcial):
“Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja”
Com a “Alma na bandeja”: é assim que o poeta fala de si,
ou de seu personagem.
Trecho de “Não É Céu”, de Vitor Ramil
“Não é céu sobre nós Dele essa noite não veio
E muito menos vai o dia chegar
Se chegar, não é sol
Quem sabe a luz de um cigarro
Que desaba do vigésimo andar”
Alguma
catástrofe profetizada por Vitor Ramil é o espaço onde se dá o apelo para que a
amada fique, não vá embora.
No momento do
menor esforço, do ócio puro, sento e aperto o “Power”. Uma hora em frente ao
rádio pode trazer agradável surpresa. E em tempos de miserabilidade artística e
de pobres rotinas que o horário nobre acentua, vale a pena vasculhar o rádio na
busca de algum sopro de vida criativa.
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Since I've Been Loving You
Since I've Been Loving You
Sempre tive curiosidade pela tradução dessa música do Led Zeppelin, então resolvi procurar na internet. A letra fala basicamente de frustração (é o que acho). Ia colocá-la no blog, mas desisti. Apesar de contar algo comovente, acho que a letra (ou a tradução) fica aquém da melodia.
Desde então quando dedico meu tempo a Since I've Been Loving You ouço-a simplesmente, sem traduções.
Sempre tive curiosidade pela tradução dessa música do Led Zeppelin, então resolvi procurar na internet. A letra fala basicamente de frustração (é o que acho). Ia colocá-la no blog, mas desisti. Apesar de contar algo comovente, acho que a letra (ou a tradução) fica aquém da melodia.
Desde então quando dedico meu tempo a Since I've Been Loving You ouço-a simplesmente, sem traduções.
domingo, 11 de setembro de 2011
Pérola
A vida na platéia se presta ao desconserto.
Quando as cortinas abriram, guardavam sonoro silêncio. Sob a luz estavam a cadeira com toalha no encosto e a bacia de água quente. Havia outros objetos pequenos também, da última fila não se permitia a identificação.
Pérola, falso nome de alguém que se dedicara ao ostracismo das virtudes naquele drama tão pequeno quanto eterno, entrou, retirou o casaco para deixá-lo mais ao canto e, em frente a todos, falou:
- Eu estou aqui para me depilar.
Despiu-se sem grandeza, pegou a tesoura e cortou os cabelos o mais curto que pôde. Com aparelho de barbear, água quente e sabão, deixou a cabeça completamente nua. Rasgava o sangue onde a gilete sem pensamentos distraiu-se. Seguiu o roteiro com nada de improviso: depilou sobrancelhas, axilas e púbis. Levantou-se e então por causa da dor, ou apesar dela, não se pode afirmar, a leveza se fez bela como um poema soprado. Concluiu:
- Me desculpem. Eu pequei.
Impulsos contidos, inertes as pedras incandescentes.
Virou-se e partiu em silêncio, abandonando água, rendas e sedas.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A infância na versão de Chico Buarque
Duas vezes Chico
Minha História – versão de Chico Buarque
Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente
Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido cada dia mais curto
Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré
Minha mãe não tardou a alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor
Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus.
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente
Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido cada dia mais curto
Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré
Minha mãe não tardou a alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor
Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus.
O Meu Guri – Chico Buarque
Quando, seu moço
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Nasceu meu rebento
Não era o momento
Dele rebentar
Já foi nascendo
Com cara de fome
E eu não tinha nem nome
Prá lhe dar
Como fui levando
Não sei lhe explicar
Fui assim levando
Ele a me levar
E na sua meninice
Ele um dia me disse
Que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega suado
E veloz do batente
Traz sempre um presente
Prá me encabular
Tanta corrente de ouro
Seu moço!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar
Olha aí!
E veloz do batente
Traz sempre um presente
Prá me encabular
Tanta corrente de ouro
Seu moço!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Me trouxe uma bolsa
Já com tudo dentro
Chave, caderneta
Terço e patuá
Um lenço e uma penca
De documentos
Prá finalmente
Eu me identificar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega no morro
Com carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Tá um horror
Eu consolo ele
Ele me consola
Boto ele no colo
Prá ele me ninar
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!
Com carregamento
Pulseira, cimento
Relógio, pneu, gravador
Rezo até ele chegar
Cá no alto
Essa onda de assaltos
Tá um horror
Eu consolo ele
Ele me consola
Boto ele no colo
Prá ele me ninar
De repente acordo
Olho pro lado
E o danado já foi trabalhar
Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Ai o meu guri, olha aí!
Olha aí!
É o meu guri e ele chega!
Chega estampado
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente
Seu moço!
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo eu não disse
Seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Manchete, retrato
Com venda nos olhos
Legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente
Seu moço!
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato
Acho que tá rindo
Acho que tá lindo
De papo pro ar
Desde o começo eu não disse
Seu moço!
Ele disse que chegava lá
Olha aí! Olha aí!
Olha aí!
Ai o meu guri, olha aí
Olha aí!
E o meu guri!
Ai o meu guri, olha aí
Olha aí!
E o meu guri!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Os nós
Juntos poesia e reflexão sobre a vida.
Ao Fim de Tudo - Cidadão Quem
Minhas lágrimas não caem mais
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz o vazio de viver e só
Se alguém encontrou um sentido pra vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo
Transformando o silêncio que até então é mudo
Naquela canção que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala
Frente ao tempo que não para
Frente a nossa lucidez
E por falar em desprender e desatar os nós, tem mais uma:
Nova - Gilberto Gil
Me disse vai embora, eu não fui
Você não dá valor ao que possui
Enquanto sofre, o coração intui
Que ao mesmo tempo que magoa
O tempo, o tempo flui
E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a branca luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo, me passeia
Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
Também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor
Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil do pólo sul
Há dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul
A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
A arte de ler
Breve reflexão sobre a arte de ler
Ler é arte? Seguramente. Tornar-se leitor é partilhar da construção do texto, dando a este todos os significados que as vivências e sentimentos permitirem.
Numa espécie de beabá, comecemos por Marcelino Freire, escritor brasileiro, que disse: “Tem gente que fala que tem influências de outros escritores, acho isso uma sacanagem com o porteiro do prédio, os amigos do trabalho”. O porteiro, o amigo, o estranho na esquina, o cão da vizinha, a vida é a matéria-prima do escritor, da soma de ingredientes surge a ficção; a dose, a mistura, é receita que só deve ser usada uma vez, gerando obra única, original.
Essa obra por vezes vai ao âmago, o leitor a percebe reflexo daquilo que sente. Lembro Mário Quintana: “Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!”
Fruto da criatividade e da sensibilidade, a obra literária, além de “ler o leitor” desvenda, mostra, trás luz ao que não está óbvio. Valho-me de Paul Klee, artista plástico: “O pintor não deveria reproduzir o visível, e sim tornar visível”. Ao que parece, as artes têm o desvendar como aspecto comum. Mas tal não é tão claro, definido. E, por isso, não existe a “versão certa”, a “interpretação definitiva”, o caminho do livro é pessoal e reflete o momento do leitor. É assim que o mesmo livro, lido com intervalo de anos, mostrará aspectos antes ocultos.
Concluo com Robert Bresson, cineasta: “O importante não é o que eles (os atores) me mostram, mas o que eles escondem de mim, e sobretudo o que eles não suspeitam que está dentro deles.” Novamente em outra expressão artística encontro referências sobre as descobertas. O livro que alguém lê não é lido por mais ninguém, compartilha-se apenas o título. O leitor reinventa, a cada leitura, a arte de ler: ele é senhor da interpretação.
Então, pode-se dizer, a cada leitura descobrimos o que o escritor esconde e, sobretudo, o que ele não suspeita estar no seu texto...
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Ótica
Do livro de contos "A raiz e a copa":
E se não é miragem? E se o azul é de um mar que secou? Porque a impressão por vezes é resquício de fato passado, verdade latente dando volta, querendo acordar. Ao contrário de sempre, recordar não é revirar mofo, é abanar lenço do navio que atraca.
Sob a ótica de um jogo de lentes futuro e passado estão juntos para desespero da razão. Esperam a mesma areia no orifício do tempo.
Só por isso as coisas têm ciclos.
E um milionésimo de segundo se reflete eternamente no pingo da chuva feito prisma, embora o arco-íris cintile parecendo coisa nova.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Diabo do corpo
Estar com o diabo no corpo, expressão popular inspirando música. E em dose dupla.
Diabo No Corpo - Pedro Abrunhosa
Corpo!
Como um mapa sagrado
Em ti desenho o pecado
Escrevo no mundo
No meu corpo...
Como um mapa sagrado
Em ti desenho o pecado
Escrevo no mundo
No meu corpo...
Com um toque divino
Faço da pele o destino
Sente nas mãos
Este meu corpo
Uma estátua ardente
E a cada toque teu...
Faço da pele o destino
Sente nas mãos
Este meu corpo
Uma estátua ardente
E a cada toque teu...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:
Uuuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Oh! Oh! Oh!
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existires
Sempre que digo:
Uuuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Oh! Oh! Oh!
Leva meu corpo
Por um momento eterno
Fazes-me a vida um inferno
Escondo um louco
No meu corpo
Um infinito prazer
Por isso:
"Qu'est-ce qu'on va faire?".
Só tenho tempo
Pr'o o meu corpo
Como uma sombra inquieta
E nessa voz discreta...
Por um momento eterno
Fazes-me a vida um inferno
Escondo um louco
No meu corpo
Um infinito prazer
Por isso:
"Qu'est-ce qu'on va faire?".
Só tenho tempo
Pr'o o meu corpo
Como uma sombra inquieta
E nessa voz discreta...
Até a passarela devagar
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existir
Sempre que digo:
Uuuuuuh! ah! ah!
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo...
Se vai abrir por ti
E toda a música que ouvires
Irá ser por existir
Sempre que digo:
Uuuuuuh! ah! ah!
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo...
Uuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Tenho o Diabo no Corpo
Uuuuuuh!
Tenho o Diabo no Corpo
Tô com o Diabo no Corpo - Paulinho Tapajos
Tô queimando de amor
Deixa queimar
Seja lá como for
Quero é calor
Acabei de beber todo o sol com pimenta
E depois de agüentar a tormenta
Ninguém vai me agüentar
Tô queimando de amor
Deixa queimar
Deixa assim como está
Deixa esquentar
A noite inteira eu sou coração de fogueira
Um vulcão e um montão de besteira
À se espalhar
Eu sou palhaço poeta devasso
Um pedaço do bem e do mal
Louco por pouco ou por tanto
Um encanto que não tem final
Um pecado guardado
Aguardando querendo pecar
Sou brasa acesa eu sou sobremesa
Princesa do reino irreal
Tenho a mania e a maneira
De ser feiticeira fatal
Sou um doce salgado
Um sonho safado
Febre de alucinar.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Literatura da Morte
Textos que eu gostaria de haver escrito.
Noite - Menotti Del Picchia
As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem.
Todos os rumores são postos em surdina,
todas as luzes se apagam.
Há um grande aparato de câmara funerária
na paisagem do mundo.
Os homens ficam rígidos,
tomam a posição horizontal
e ensaiam o próprio cadáver.
Cada leito é a maquete de um túmulo.
Cada sono em ensaio de morte.
No cemitério da treva
tudo morre provisoriamente.
Noite - Menotti Del Picchia
As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem.
Todos os rumores são postos em surdina,
todas as luzes se apagam.
Há um grande aparato de câmara funerária
na paisagem do mundo.
Os homens ficam rígidos,
tomam a posição horizontal
e ensaiam o próprio cadáver.
Cada leito é a maquete de um túmulo.
Cada sono em ensaio de morte.
No cemitério da treva
tudo morre provisoriamente.
- Paulo Leminski:
Aqui jaz um grande poeta. Nada deixou escrito. Este silêncio, acredito, são suas obras completas.
sábado, 16 de julho de 2011
Não é céu - Vitor Ramil
Não é céu
Não é céu sobre nósDele essa noite não veio
E muito menos vai o dia chegar
Se chegar, não é sol
Quem sabe a luz de um cigarro
Que desaba do vigésimo andar
É fogo, mora
Deixa essa brasa descer lá fora
Deixa o mundo todo queimar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá
Não é céu sobre nós
Se fosse o céu que se conta
Não seria a ponta acesa a brilhar
Se brilhou, não é sol
Se fosse o sol desabando
Nem meu quarto ia poder te salvar
É fogo, mora
Gente na brasa a gritar lá fora
Só nos falta Nero cantar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá
Não é céu sobre nós
Não vimos noite passando
E essa luz não fez o galo cantar
Se cantou, não é sol
Dia nascendo normal
A gente acorda e não costuma gritar
É fogo, mora
Deixa essa brasa sumir lá fora
Deixa o galo nos acordar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá
quarta-feira, 13 de julho de 2011
O clone - Lula Côrtes
O que circulava nas veias de Lula Côrtes? A letra "O clone" responde. Conheci esse cara num programa de TV, ambos já meio passados na idade e, por estranhezas que não explico, desconhecia seu trabalho. Fui atrás e descobri várias letras interessantes.
O clone - Lula Côrtes
Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja
E você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais,
nada mais, nada mais, nada mais
Eu busco paz
No tempo em que seu rosto se esconde
Um monstro atrás da capa como um conde
Sugando o que nos resta de alegria
Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada
Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia e nada mais
nada mais, nada mais, nada mais
Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja
Mas você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais,
nada mais, nada mais, nada mais
Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada
bem lavada, bem lavada, bem lavada
Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia, rock'n'roll na veia
rock'n'roll na veia...
O clone - Lula Côrtes
Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja
E você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais,
nada mais, nada mais, nada mais
Eu busco paz
No tempo em que seu rosto se esconde
Um monstro atrás da capa como um conde
Sugando o que nos resta de alegria
Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada
Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia e nada mais
nada mais, nada mais, nada mais
Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja
Mas você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais,
nada mais, nada mais, nada mais
Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada
bem lavada, bem lavada, bem lavada
Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia, rock'n'roll na veia
rock'n'roll na veia...
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