Powered By Blogger
Mostrando postagens com marcador Os nós que prendem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Os nós que prendem. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os nós

Juntos poesia e reflexão sobre a vida. 

Ao Fim de Tudo - Cidadão Quem

Minhas lágrimas não caem mais
Eu já me transformei em pó
E os meus gritos não se escutam mais
Estão na direção do sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta e traz o vazio de viver e só
Se alguém encontrou um sentido pra vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo
Transformando o silêncio que até então é mudo
Naquela canção que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala 
Frente ao tempo que não para
Frente a nossa lucidez


E por falar em desprender e desatar os nós, tem mais uma:



Nova - Gilberto Gil


Me disse vai embora, eu não fui 
Você não dá valor ao que possui 
Enquanto sofre, o coração intui 
Que ao mesmo tempo que magoa 
O tempo, o tempo flui 
E assim o sangue corre em cada veia 
O vento brinca com os grãos de areia 
Poetas cortejando a branca luz 
E ao mesmo tempo que machuca o tempo, me passeia 
Quem sabe o que se dá em mim? 
Quem sabe o que será de nós? 
O tempo que antecipa o fim 
Também desata os nós 
Quem sabe soletrar adeus 
Sem lágrimas, nenhuma dor 
Os pássaros atrás do sol 
As dunas de poeira 
O céu de anil do pólo sul 
Há dinamite no paiol 
Não há limite no anormal 
É que nem sempre o amor 
É tão azul 
A música preenche sua falta 
Motivo dessa solidão sem fim 
Se alinham pontos negros de nós dois 
E arriscam uma fuga contra o tempo 
O tempo salta