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quarta-feira, 26 de abril de 2023

É assim que vou superar - Mensagem de fim de relacionamento - #short -

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Letra de El Desierto - Lhasa de Sela

Eu vim ao deserto para rir-me do teu amor
Que o deserto é mais sensível e o espinho beija melhor

Eu vim a este meio do nada para gritar
Que tu nunca mereceste o que tanto quis te dar

Eu vim correndo, esquecendo-me de ti
Dá-me um beijo passarinho, não te assustes colibri

Eu vim acesa ao deserto para queimar
Porque a alma incendeia-se quando deixa de amar

sábado, 24 de agosto de 2019

A lista


Uma das mais belas músicas de Oswaldo Montenegro – A lista – merece divulgação. Para quem não conhece, observe a letra.

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais

Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar

Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria
Quantos amigos você jogou fora?

Quantos mistérios que você sondava
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava
Hoje são bobos ninguém quer saber?

Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?

Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Eu fiz pior

Eu fiz pior - Lula Côrtes

Eu andava insatisfeito
Sem resolver direito
Sem dar um rumo à minha vida
Sozinho, desconfiado
Com o povo acostumado
Com aquela mesma coisa antiga
Assim posto de lado
Com o destino traçado
De nunca ser reconhecido
Enquanto eu me calava
O povo se danava
No zum do fim de um coletivo
Eu fiz pior!
Gravei outro cd sem levar nem um tiro
Muito pior!
Parei de tomar droga e fui fazer retiro
Meus parceiros, entre aspas
Meus cúmplices de nada
Cem críticos de arte que nem tinham emprego
Chegavam nos jornais
Com papo de manchete
Achando que uma enquete me faria medo
Eu fiz pior!
Mandei pra redação minha fotografia
Muito pior!
Respondi com poema de pornografia.
Má Companhia...
Um policial armado
Achando que tem pique
Outro de paletó, achando que era chic
Os dois tão deslocados,
Olhando pro meu lado
Achando que festa de rock é pic nic
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
Sujei de sangue minha melhor camisa
Sozinho, ressabiado
Só tendo do meu lado
A turma efervecente dessa banda amiga
E um homem de negócio
Fingindo ser meu sócio
Soltando a cachorrada
Atrás da minha tripa
Eu fiz pior!
Saltei como no circo em cada armadilha
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
Eu fiz pior!

sábado, 28 de julho de 2012

As Poesias


         Onde estão os poetas, onde está a poesia? Em quantos cadernos se escondem os pensamentos íntimos de anônimos? Existe poesia nas gavetas. Existe poesia latente nos pensamentos incapazes de se fazerem letra. Mas também se leva literatura para a internet e, sabemos, para livros publicados de forma independente ou não. Versos estão por ai. Novos e veteranos acreditam, fazem e insistem.
            Também se encontra poesia em letras de música. Excluídos os sucessos da estação tem muita coisa boa fora da grande audiência. É um dos espaços da poesia, ali ela é essencial. E por essencial, merece aparecer também na forma impressa. Chamo a atenção daquilo que gosto (do pouco que conheço).
           
Aqui, trecho de “A Balada do Perdedor”, de Marcelo Nova:
“A noite parece tão promissora, luzes por todo lugar
Decotes, sorrisos, sussurros: cheiro de conquista no ar
E eu aqui sozinho tentando fazer esse isqueiro funcionar
Parando em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar
Os astros cheiram o pó das estrelas e as trombetas estão soando
É no céu que se morre de tédio, os anjos estavam blefando
Eu conheci a mais bela vingança, vestida de noiva no altar
Parado em frente à porta do paraíso, mas sem vontade de entrar”

Nem tudo é tão claro. Natural: é poesia, aberta à interpretação.

Lula Côrtes em “O clone” (parcial):
“Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar
Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja”

Com a “Alma na bandeja”: é assim que o poeta fala de si, ou de seu personagem.

Trecho de “Não É Céu”, de Vitor Ramil

“Não é céu sobre nós
Dele essa noite não veio
E muito menos vai o dia chegar

Se chegar, não é sol
Quem sabe a luz de um cigarro
Que desaba do vigésimo andar”


            Alguma catástrofe profetizada por Vitor Ramil é o espaço onde se dá o apelo para que a amada fique, não vá embora.
            No momento do menor esforço, do ócio puro, sento e aperto o “Power”. Uma hora em frente ao rádio pode trazer agradável surpresa. E em tempos de miserabilidade artística e de pobres rotinas que o horário nobre acentua, vale a pena vasculhar o rádio na busca de algum sopro de vida criativa.  

sábado, 16 de julho de 2011

Não é céu - Vitor Ramil

Não é céu

Não é céu sobre nós
Dele essa noite não veio
E muito menos vai o dia chegar
Se chegar, não é sol
Quem sabe a luz de um cigarro
Que desaba do vigésimo andar
É fogo, mora
Deixa essa brasa descer lá fora
Deixa o mundo todo queimar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá
Não é céu sobre nós
Se fosse o céu que se conta
Não seria a ponta acesa a brilhar
Se brilhou, não é sol
Se fosse o sol desabando
Nem meu quarto ia poder te salvar
É fogo, mora
Gente na brasa a gritar lá fora
Só nos falta Nero cantar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá
Não é céu sobre nós
Não vimos noite passando
E essa luz não fez o galo cantar
Se cantou, não é sol
Dia nascendo normal
A gente acorda e não costuma gritar
É fogo, mora
Deixa essa brasa sumir lá fora
Deixa o galo nos acordar
É cedo, cedo
Fica comigo, me abraça
Que calor melhor a rua não dá

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O clone - Lula Côrtes

     O que circulava nas veias de Lula Côrtes? A letra "O clone" responde. Conheci esse cara num programa de TV, ambos já meio passados na idade e, por estranhezas que não explico, desconhecia seu trabalho. Fui atrás e descobri várias letras interessantes.

O clone - Lula Côrtes


Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar

Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja

E você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais, 
nada mais, nada mais, nada mais

Eu busco paz
No tempo em que seu rosto se esconde
Um monstro atrás da capa como um conde
Sugando o que nos resta de alegria

Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada

Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia e nada mais
nada mais, nada mais, nada mais

Fica difícil
Porque isso pra mim não é só um ofício
Eu podia ser político e fazer comício
Mas prefiro dar uma bola e vir cantar

Eu falo tudo
Dou minha opinião sobre esse mundo
Às vezes de tão triste eu vou mais fundo
Exponho a minha alma na bandeja

Mas você veja,
Não se trata de plágio ou coisa parecida
É só minha emoção, isso é somente a vida
É rock'n'roll na veia e nada mais, 
nada mais, nada mais, nada mais

Digo bom dia
Às transeuntes desta rua fria
Saindo de um pub com as mãos vazias
E a alma transparente e bem lavada
bem lavada, bem lavada, bem lavada

Isso é um clone
A força que ele emana é que nos une
São três ou quatro acordes que se fundem
E rock'n'roll na veia, rock'n'roll na veia
rock'n'roll na veia...